Poéticas do movimento imobilizado(ando).

segunda-feira, 28 de julho de 2008

notas do processo/ou/o dia depois da mordida

Que lindas são as minhas bailarinas. Diferentes. Todas.
E materializam os meus sonhos de dança. Tal e qual eles acontecem na minha cabeça.
A medida em que avançamos no processo, presto atenção ao ser de cada uma e vejo as diferenças. Uma mais aberta, outra mais resistente, uma mais suscetível e influenciável, outra convicta e passional. Todas inteiras e sedentas. Querendo muito e se doando, indo pra lugares onde normalmente não iriam. Levando o corpo e o pensamento junto. Pesquisando, tentando entender, decodificar, chegar lá.
É lindo o que acontece em alguns ensaios. As propostas causam reações e instauram climas propícios; terrenos férteis pra que o bailarino encontre nas suas questões e propostas, os links exatos com o tema e, por conseqüência, consiga encontrar o lugar de se colocar cada vez mais inteiro e presente no trabalho.
Isso me faz feliz. E tem acontecido com freqüência neste processo. Tomo isso como um ótimo sinal. E valorizo esse tipo de acontecimento, considerando como prêmio pela dedicação e cuidado que temos tido com o processo.
Que lindas são as minhas bailarinas...

Um comentário:

Jeni disse...

Ai que delícia!!!!
Tá sendo tudo muito prazeroso e as descobertas estão sendo notáveis. Simmmmmm, eu quero dançar muitooooooo!!!!! Obrigada pela paciência e o tempo, de esperar meu processo acontecer, tu não tem noção do horizonte que tu me fez enxergar novamente.Xoooooo neblina!!!! Dias cinzentos são belos para se apreciar, mas quero colocar pra fora todo um calor de um corpo sedento pra se mover. Consegui sair de improvisações tão "terrenas", meu corpo se move pelo espaço e eu amo muito isso. Obrigadaço!!!!