Poéticas do movimento imobilizado(ando).

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vai lá vai lá vai lá...

Bom povinho amarradoooo!!!!
Vamos combinar de nos encontrarmos?
Pra bater um papinho e ver o que podemos fazer com a volta do dire e do esquilo lindo!!
Vamos botar o bondage em ação?
A Lux comentou ontem de apresentarmos quando os meninos estiverem aí e eu achei maraaaa!!!
O dire ficou bem afim também, uhuuuuu!!!
Vamos combinar uma reunião pra logo entaum?
Vamos reativar esse nosso espaço.
Beijim e era era bagaceiraaaaaa!!!!

sábado, 20 de setembro de 2008

Me amarro na dança

No início elas já estavam lá. Enroladas, imóveis à espera. As cordas. Comprara muitos metros de vários tipos.
Eu, sem planos. Com algumas expectativas, um saco repleto delas e um case de cd´s que gravara um dia antes do primeiro ensaio.

Escolhi as bailarinas.
Conhecia todas. Conhecia bem.
Sabia o que elas tinham pra me oferecer. Sabia que podia confiar nelas.
Só nao sabia o que fazer com isso agora.
De qualquer forma, me resguardei, fazendo antes do primeiro ensaio, uma reuniao para explicar de que se trataria o trabalho, o que eu tinha em mente e o que eu pretendia com ele.

E lá fomos nós, nos aventurar pelo lindo mundo da dança.

O primeiro ensaio foi o momento onde eu tive a certeza de que tinha escolhido as pessoas certas. Toda uma entrega das gurias e uma disposiçao monstro para explorar as propostas. Saí de lá muito animado e confiante, sabendo que por mais que nao tivesse ideia de onde isso iria dar, em algum lugar legal eu chegaria.

Uma semana depois, o Márcio voltou da Europa e começou a fazer parte do processo. Isso mudou tudo.
A pesquisa se contaminou com o entusiasmo dele e dali fomos cada vez mais pra cima. As gurias cada vez mais dentro do processo. Dando muito delas e se colocando lindamente dentro das propostas, se mostrando como elas sao, sendo verdadeiras e sinceras naquilo que faziam.

Uma das coisas que mais me orgulho de ter alcaçado nesse processo criativo, é ter conseguido ser sutil e atento ao que elas me mostravam e com isso, respeitando os aspectos da invidualidade delas, levá-las pra onde eu queria. Por mais que eu saiba que algumas coisas ainda pudessem ir mais fundo, fiquei muito satisfeito com a maneira como trilhamos o caminho para a criaçao de Bondage.
Sutileza. Essa era a minha ferramenta mais poderoza de dominaçao. Ali eu seria dominador do processo. Sem perder de vista o fato de que na verdade seria o contrário. O processo me dominaria e me processaria, e a diferença entre uma coisa e outra era também muito SUTIL.
Cuidado, muito cuidado e respeito pelo trabalho, afinal ele era eu. Eu me colocando como artista, eu falando pro mundo. Eu dançando, eu pensando, eu dando minha cara pra bater.

Isso faz com que a gente saia do lugar confortável. Eu quis sair desse lugar e, numa medida, proporcionar isso pra todas as pessoas envolvidas no processo. "Amarrei-nos" todos juntos com uma corda grossa de uma fibra chamada "desejo" e assim fomos sendo arrastados pra fora do lugar de conforto. O mais maluco era estar dentro e fora do circulo de corda ao mesmo tempo. Ora puxando, ora sendo puxado por ela.

E pelo menos pra mim, o resultado disso apareceu em cena. Na maneira com que nos colocamos nela.
Os nossos espectadores voyeur's puderam ver quem de fato eramos nós dentro daquilo tudo que apresentamos. Mas nós de uma maneira diferente: fora do lugar comum, colocados no lugar de cena.

Atribuo, de novo, o sucesso dessa proposta aos bailarinos.

Há que se querer muito fazer algo, quando pra isso temos que passar por cima de uma série de questoes pessoais pra chegar a um objetivo. E foi o que todos eles fizeram. Se despiram e foram fundo nas suas questoes. E isso em nome das minhas questoes.

Agradeço a todos vocês, por terem se apropriado com tanta verdade de tudo e por fazerem de Bondage, o lindo espetáculo que foi.

Vida longa aos artistas de verdade e os seus desejos!

Amo cada um de vcs!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

The Dark Site não tão Dark assim....

Well está na hra de escrever algumas coisas de novo.
Depois da loucura das ultimas semanas que culminam em despedidas, POA em Cena, Folias Fellinianas e (o melhor de tudo) estréia e microtemporada do BONDAGE.
Bem vamos a sucessão de fatos.
Hj pela manhã depois de uma conversa maravilhosa na Aula da Tati me dei conta que precisas escrever algo. algo tipo assim sei lá....
mas precisava.
Axo que aos poucos vou me encontrando e me perdendo.
Pensando na conversa matinal e nas sitações sobre o bondage de hoje, posso escrever aqui que sim, esse ano foi varie beaucoup trop amadurecedor.
Só o fato de aceitar que sim, trabalhei como técnico/interprete onde minhas ações eram de caminhar e organizar o espaço, amarrando as meninas que estavam dando show no Bondage já é algo. A um ano atras de idiota que era nem aceitaria uma coisa desta, ora bolas, afinal eu danço! e as pernas chegam nas orelhas.
Mas depois das audições Européias descobri salas cheias de pés na orelhas. Ok ter forma e fazer do corpo um lugar de mobilidade e conforto é ótimo ... mas descobri q não era td.
O q faz , o q traz o diferencial.
A resposta td veio de uma série d fatos bondagianos.
Um dos mais marcantes foi: a Jennifer e a corda.
O que prova o quanto a pessoa dança, o quão foda ela é e a capacidade de tocar uma platéia é dada por akela coisa sabe... akilo... uiahiuahiauhi
sim, por isso mesmo. O elogio é uma sucessão de pausas na fala, algo cheio de reticencias onde esfregam-se os dedos, e onomatopéias estranhas aparecem.
Akela coisa sabe.... akilo... era tão... ufaa... gggggggg... sabe... putz....
e o melhor é quando tudo isso vem de uma tarefa simples... puxar a corda.... Simples é a tarefa.. os subtextos são imensos e pesados e complexos, e lindos e quando um interprete consegue arranga o: sabe... (esfrega os dedos misturados com as onomatopeias), surge o grande e o verdadeiro bailarino.
Notei que Aos poucos este ano fui cansando de movimentações fazias, cansando de sentar no teatro com a postura: vamos agora façam algo que me impressinem e q eu não consiga fazer.
é axo que sei agora o que estou buscando.
Busco o esfregar de dedos, as reticencias e td a essencia da dança.
Td a generosidade e a troca/mistura que pode haver entre platéia e artista.
O processo até parecia Dark... mas n fundo é muito mais... sabe... assim... ffffff... sei lá....


quarta-feira, 27 de agosto de 2008



quinta-feira, 7 de agosto de 2008

conheço a mordida

desafios mis. me jogo de peito aberto.

mais cruel. gato brincando com o rato.
arrasta ela. levanta ela. tá.

mais rápido. brinca com o pulso da música. isso!
desloca. patins. corda. te vira. joga!

tá apertado o suficiente? agora canta.

qual o caminho para não deixar a seriedade aparecer pro outro como saco cheio?
cada um com as suas perguntas...

o processo está abrindo portas e janelas dentro de mim. bondage + coelhinhos.
dá medo. mas eu vou. pago pra ver onde vai dar.

até onde eu consigo ir? quanto é possível expandir os limites?
perguntas e mais perguntas. adoro.

o limite não está dado. testo. testo. testo.

me cutuca que eu vou. mas lembra que eu tenho dentes antes de colocar a mão dentro da minha boca. provocar também é um jogo perigoso.

respeito e confiança. é isso que sinto entre todos (os) nós.
isso e a vontade de se desafiar nos une e faz com que a entrega aconteça. sempre. surpreendentemente.

a distância me fez ver com mais clareza.
desafiada. entregue. agradecida.

domingo, 3 de agosto de 2008

Nosso Postal

Frente Verso