Poéticas do movimento imobilizado(ando).

terça-feira, 9 de setembro de 2008

The Dark Site não tão Dark assim....

Well está na hra de escrever algumas coisas de novo.
Depois da loucura das ultimas semanas que culminam em despedidas, POA em Cena, Folias Fellinianas e (o melhor de tudo) estréia e microtemporada do BONDAGE.
Bem vamos a sucessão de fatos.
Hj pela manhã depois de uma conversa maravilhosa na Aula da Tati me dei conta que precisas escrever algo. algo tipo assim sei lá....
mas precisava.
Axo que aos poucos vou me encontrando e me perdendo.
Pensando na conversa matinal e nas sitações sobre o bondage de hoje, posso escrever aqui que sim, esse ano foi varie beaucoup trop amadurecedor.
Só o fato de aceitar que sim, trabalhei como técnico/interprete onde minhas ações eram de caminhar e organizar o espaço, amarrando as meninas que estavam dando show no Bondage já é algo. A um ano atras de idiota que era nem aceitaria uma coisa desta, ora bolas, afinal eu danço! e as pernas chegam nas orelhas.
Mas depois das audições Européias descobri salas cheias de pés na orelhas. Ok ter forma e fazer do corpo um lugar de mobilidade e conforto é ótimo ... mas descobri q não era td.
O q faz , o q traz o diferencial.
A resposta td veio de uma série d fatos bondagianos.
Um dos mais marcantes foi: a Jennifer e a corda.
O que prova o quanto a pessoa dança, o quão foda ela é e a capacidade de tocar uma platéia é dada por akela coisa sabe... akilo... uiahiuahiauhi
sim, por isso mesmo. O elogio é uma sucessão de pausas na fala, algo cheio de reticencias onde esfregam-se os dedos, e onomatopéias estranhas aparecem.
Akela coisa sabe.... akilo... era tão... ufaa... gggggggg... sabe... putz....
e o melhor é quando tudo isso vem de uma tarefa simples... puxar a corda.... Simples é a tarefa.. os subtextos são imensos e pesados e complexos, e lindos e quando um interprete consegue arranga o: sabe... (esfrega os dedos misturados com as onomatopeias), surge o grande e o verdadeiro bailarino.
Notei que Aos poucos este ano fui cansando de movimentações fazias, cansando de sentar no teatro com a postura: vamos agora façam algo que me impressinem e q eu não consiga fazer.
é axo que sei agora o que estou buscando.
Busco o esfregar de dedos, as reticencias e td a essencia da dança.
Td a generosidade e a troca/mistura que pode haver entre platéia e artista.
O processo até parecia Dark... mas n fundo é muito mais... sabe... assim... ffffff... sei lá....

4 comentários:

Jeni disse...

Caralhoooooooooooo!!
Parem de me fazer chorar, putaquepariu!!!!
Tu é tudo e teu corpo se mexe de uma maneira e teu ser é um de jeito que quero ficar perto. Vocês foram essenciais e talvez não saibam o tanto que isso significa.Amo muito vcs e neste momento só queria ser puxada pelos cabelos. Dilícias de minha vida!!! Vcs são tão...(dedinhos se contraindo e tentando esmagar o ar)Nhaaaa, scfhhh, scfhhh, scfhhhh....

Luiza Moraes disse...

bah, fiquei de cara...
é, márcio... acompanhei este teu último ano, e vi essa transformação acontecendo. acredito tanto, tanto em ti, que tenho até medo de pensar nas transformações que ainda te aguardam. tu vai loooooooonge.... tenho certeza.
a jeni, puta merda... ainda lembro da primeira vez que assisti a cena, em ensaio... baita bailarina, sua vaca! amooooooo!
e pra mim, o que foi mais forte de toda essa funçao, a cena final. engraçado pensar no papel de bailarina naquela cena, né? mas é, tá lá a bailarina, assim como nos coelhinhos. acho esse um ponto muito massa. abrir mão do virtuosismo pra chegar em outra qualidade de comunicação. aiai... feliz, feliz...
orgulhosa pra caralho de todos (os) nós! hihihihi
e só p completar as onomatopéias: nnnnhá!!! nnnnnhá!!! nnnnhá!!!!

Luiza Moraes disse...

aiai.... vou ter q dizer...
q bem q tu ta na fotinha, hein?
pronto, falei!
hihihihi

Tatiana Nunes da Rosa disse...

amo tanto.